sábado, 5 de julho de 2008

Quando você imagina o lado de lá

Sexta-feira, ônibus 332

Uma hora de viagem de Barão até a Rodoviária de Campinas. Como eu faço pra me distrair?

- Alô, Mari? É a Ana (Nomes fictícios serão utilizados porque eu não lembro os reais)

Já sei como me divertir. Prestar atenção na conversa da passageira de voz fina atrás de mim. O que estiver em itálico é aquilo que eu imaginei que foi dito pela pessoa na linha de lá...

- Oi querida. Tudo bem?

-
Tudo Mari...você não sabe...

- Não, enquanto você não contar não tem como eu saber...

-
Sabe aquele rapaizinho bonito amigo do João

- Sei...não vá me dizer que você...

-
Então, sábado..tava todo mundo meio bêbado...

- Você ficou com ele?

-
Então, a gente acabou que deu uns beijim, sabe?

- Só uns beijinhos?

-
Beijo vai, beijo vem...

- Você deu pra ele?

-
Levei ele lá em casa..

- Você deu pra ele?

-
Aí, foi só alegria né?

- Você deeeeeeu! Safada. Foi bom?

-
Então ele é um fofo...

- Não vá me dizer que era pequeno...

-
Não menina, ele era ótimo...Mas tem namorada

- E daí?

-
Sei lá, nunca fiz isso...de ficar na primeira vez, ainda mais com um cara que tem namorada. Mas foi só aquela noite, entende? Não quero estragar o namoro dele..Mas ele acha que eu to a fim de ficar sério. Mas não, curti aquela noite e não quero mais...


Nesse momento eu parei de prestar atenção pra pensar em algo genial discutido com a Gê um dia, quando só conseguimos tirar uma conclusão:

Again, only again. Not forever.


Um comentário:

Unknown disse...

assim, é sensacional!
só hoje me dei conta que não havia comentado no anterior!
mas pode ter certeza que sempre que der vou estar aqui lendo tuas histórias. Geniais, diga-se de passagem.